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Sobrepeso, obesidade e risco de doenças

Sobrepeso sobrecarrega o organismo e afeta a capacidade pulmonar pois é preciso levar oxigênio para uma área muito maior do que a capacidade do pulmão
fonte: ekincare.com

"Nas últimas décadas, tem-se observado um significativo aumento de sobrepeso e obesidade em adultos por todo o mundo. Estas alterações na composição corporal constituem um grande risco de saúde pública, tendo em vista sua relação com os fatores de risco para doenças cardiovasculares. O presente artigo analisa a relação entre o Índice de Massa Corporal (IMC), gordura corporal, marcadores bioquímicos, além da prevalência de sedentarismo e tabagismo." Esse é um trecho do artigo Excesso de peso e fatores de risco cardiovascular em pacientes atendidos em uma clínica de nutrição e medicina de Joinville (SC)  de autoria  de Mônica de Borba, nutricionista e Fabiana Baggio Nerbass, nutricionista, mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo e doutora em Ciências da Saúde pela PUC-PR com período sanduíche no Royal Derby Hospital (Derby, Inglaterra); finalizou o pós-doutorado em Ciências da Saúde na PUC-PR com período sanduíche de 12 meses na Western University, London, Canadá.

  Atravessamos uma pandemia que mudou o ritmo de vida de muitas pessoas e nos fez refletir sobre saúde e prevenção de doenças. Infelizmente, como já observamos, o sedentarismo e a obesidade vêm crescendo em muitos países, o que acaba predispondo  a doenças que podem prejudicar profundamente a saúde. Além disso, inativos e obesos podem ser alvo mais fácil em uma epidemia do que as pessoas que procuram manter o peso e praticam  exercícios com regularidade.Nesse artigo vamos aprofundar nos riscos que a obesidade traz para a saúde. Antes, vamos tentar conhecer aspectos básicos sobre a obesidade e gordura visceral.
O mais importante é entender que a perda de peso não é só por questão estética, é saúde fonte: asnutris.com.br

                                             IMC,obesidade, sobrepeso e gordura visceral

  O Índice de Massa Corporal, também conhecido como IMC, é uma técnica utilizada para medir o peso e as condições de acúmulo de gordura corporal de uma pessoa em relação à sua altura. É uma metodologia padrão indicada pela Organização Mundial de Saúde para acompanhar a saúde nutricional da população e é nesse índice que estão classificadas as condições de sobrepeso e obesidade. Para calcular o IMC de uma pessoa basta dividir seu peso por sua altura ao quadrado. Dessa forma é possível individualizar o cálculo, já que apenas o peso não é suficiente para indicar se alguém está ou não com acúmulo de gordura corporal. Consideramos sobrepeso quando o IMC está entre 25 e 29,9. Essa classificação indica que a pessoa está acima do peso desejável para manter uma boa saúde. No entanto, é bom ressaltar, que mesmo o IMC deve ser visto com cautela, já que a metodologia não diferencia tecido adiposo, que é a gordura, da massa muscular.Como os músculos são mais pesados que a gordura, pode acontecer de uma pessoa ter um IMC mais alto, mas não estar realmente com sobrepeso, caso ela tenha mais músculos que gordura. Por isso, o acompanhamento com endocrinologistas e nutricionistas é tão importante para quem está com sobrepeso.A obesidade é uma condição em que a pessoa apresenta um acúmulo de gordura corporal muito superior ao que seria saudável. 
 Outra questão grave da obesidade é a localização da gordura acumulada. Quanto mais gordura na região abdominal (a chamada gordura visceral), maiores serão os riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas e colesterol aumentado.(fonte: gastro.com.br)

 O consumo de uma dieta desequilibrada pode gerar impactos em todo o organismo. O consumo excessivo de carboidratos refinados e gorduras, por exemplo, pode levar ao aumento de tecido adiposo e acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática). Esse aumento de gordura corporal e hepática, por sua vez, pode causar alterações nas células imunes residentes desses tecidos favorecendo o desenvolvimento de doenças como resistência a insulina e disfunção hepáticas. (fonte: sbi.org.br)

                                                                          
                                                                   Covid 19 e obesidade

 A obesidade é o principal fator de risco para pessoas com menos de 60 anos infectadas com o novo coronavírus, apontam dados do Ministério da Saúde. A obesidade é uma doença crônica que causa inflamação, o que acaba por dificultar a resposta imunológica (as defesas do organismo) dos pacientes acima do peso ao vírus. Os jovens que têm excesso de peso devem redobrar a atenção com o controle da alimentação em meio à pandemia e não devem parar os medicamentos que tratam a obesidade, já que ajudam a melhorar o estado inflamatório. Médicos apontam que o excesso de peso sobrecarrega o organismo como um todo, força o coração, os pulmões, fígado, rins e pâncreas, além das articulações. O esforço afeta a capacidade pulmonar, já que é preciso levar oxigênio para uma área muito maior do que a capacidade do pulmão. O tecido adiposo fragiliza o sistema imunológico. Quanto mais obeso, mais vulnerável o paciente é à ação de vírus e bactérias.Carlos Carvalho, diretor da Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, explica que a capacidade pulmonar é maior em quem pratica exercícios físicos, o que torna o pulmão mais treinado. Em geral, obesos, ainda que sejam jovens, tendem a ser sedentários. O especialista alerta ainda que, além das alterações metabólicas do organismo, o peso adicional restringe manobras respiratórias, às vezes necessárias durante o uso do ventilador mecânico. (fonte: actbr.org.br)



O que pode tornar uma pessoa obesa?
"Dentre os fatores etiológicos ( que causam) do sobrepeso e obesidade estão o excesso de gordura corporal gerado pelas calorias consumidas excedentes ao gasto calórico, a interação do genótipo com fatores ambientais como padrões alimentares, atividade física e fatores psicológicos. O componente hereditário é comumente referido, o mapa genético da obesidade humana sugere a existência de 20 a 30 genes candidatos a contribuir com a obesidade em seres humanos."

Quais seriam os riscos aos quais a obesidade predispõe?
"A obesidade predispõe ao risco aumentado de desenvolver numerosos problemas clínicos, psicossociais e comportamentais. As principais complicações associadas são: fatores de risco cardiovasculares como pressão arterial elevada, resistência à insulina e dislipidemias (alteração no colesterol), maior incidência de infertilidade e câncer do endométrio, de próstata, do cólon, do útero e dos ovários. O excesso de peso também acarreta em estresse aos ossos e articulações."

Para tratar a obesidade é necessário um programa de reeducação alimentar
fonte:kaynutrition.com


Por que a gordura localizada no abdome é considerada perigosa? 
"A localização da gordura depositada tem maior importância do que a quantidade da mesma, devido a obesidade visceral ou central estar associada a várias desordens metabólicas como glicemia de jejum alterada, resistência à insulina, diabete melito e dislipidemias."


 Qual seria a relação entre gordura visceral e problemas cardiovasculares? 
"Esta disfunção do tecido adiposo é um elo fundamental entre a obesidade e os fatores de risco cardiovasculares."

Além da doença cardiovascular, quais os outros problemas que a obesidade pode gerar?
"Durante a meia idade e o avanço da mesma, sabe-se que um aumento no IMC, especificamente em relação a gordura corporal, aumenta os riscos de alterações metabólicas, como dislipidemias, resistência à insulina e tolerância diminuída à glicose. Além disso, os níveis e funções de diversos hormônios podem se declinar mediante esse aumento."

Associada à reeducação alimentar, a adoção de um programa de exercícios combate efetivamente a obesidade?
"A prática regular de atividade física está associada à melhoria da saúde e qualidade de vida de seus adeptos. Grande número de estudos científicos comprovaram que o hábito de praticar exercícios físicos regularmente gera inúmeros benefícios e constitui um instrumento fundamental nos programas voltados à promoção da saúde. Cientista da área citou que as atividades físicas atuam na composição corporal, isto é, contribuem decisivamente no combate ao excesso de gordura corporal." 

Quais seriam as conclusões dessa pesquisa? 
"Diante dos resultados aqui apresentados, é possível concluir que os indivíduos com excesso de peso estão mais expostos a fatores de riscos cardiovasculares e, consequentemente, a maior risco de morbidade e mortalidade quando não tratadas essas alterações." 


Quem tem excesso de peso deve redobrar a atenção com o controle da alimentação em meio à pandemia
fonte: 
gratispng.com


É possível reverter esse quadro tão pessimista? Como?
 "Fatores de risco como sedentarismo, sobrepeso/obesidade, distribuição central da gordura corporal e tabagismo são passíveis de intervenção, demonstrando a importância do acompanhamento clínico-nutricional. Não somente como tratamento, mas como prevenção nas possíveis desordens crônicas, proporcionando uma melhora da qualidade de vida da população."


É importante combater a obesidade? Por que?
" Considerando essa tendência crescente do sobrepeso e obesidade na população brasileira e a sua associação com fatores de risco cardiovasculares reforçada nesse estudo, intervenções visando reduzir o peso corporal, em especial a gordura central, são de extrema importância para a prevenção e controle das doenças cardiovasculares na população."
Durante a quarentena, é necessário manter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios
fonte: flexjobs.com

      A quarentena pode ter sido difícil para a maioria das pessoas. Contudo, aprendemos muitas coisas: é possível ter um bom desempenho no home office, os jovens e adolescentes podem adaptar-se ao estudo e pesquisa on-line e muita gente estipulou um programa de exercícios dentro de casa  para manter-se em forma. Verificamos que precisamos fazer um esforço para adquirir hábitos saudáveis como alimentação mais nutritiva e saudável, nem que exija um pouco mais de trabalho. Com organização e força de vontade é possível ter muito mais saúde e defender-se melhor das doenças. As dificuldades geradas pelos transtornos na economia, ocasionados pela quarentena, podem até nos abater e desanimar. Não é hora de descontar em guloseimas. É o momento de manter a serenidade e o equilíbrio mental e isso só é possível se mantivermos a calma para pensar e buscar soluções. O exercício físico combate a ansiedade e nos ajuda a avaliar a realidade e as dificuldades como um desafio, um obstáculo que, com a devida estratégia, poderemos superar. E se não der certo nas primeiras tentativas, persistiremos até chegar ao objetivo...como um bom esportista.









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